Com 70% dos votos para a oposição, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, dá vitória a Nicolas Maduro por 51,2% dos votos contra 44,2% de Edmundo Gonzales, da Plataforma Unitária Democrática (PUD).
Com essa declaração da CNE, Maduro obtém seu terceiro mandado à frente da Venezuela em uma eleição pouco transparente e acompanhada por denúncias de abuso de poder.
Segundo Organizações Independentes, as autoridades venezuelanas detiveram 46 pessoas de forma arbitrária e, que pelo menos, uma pessoa morreu vítima de violência de grupos pró-regime.
Entre os detidos está o jornalista independente Jesus Piñero, que teve a sua credencial apreendida e foi entregue à polícia, depois de que fez uma denúncia que centros de votação de La Pastora, em Caracas, continuavam abertos mesmos depois do horário das eleições.
Para a Organização das Nações Unidas (ONU), chegaram informações de que a oposição teve seus direitos cerceados.
A líder da oposição, María Corina Machado e o candidato Edmundo González Urrutia, contestaram os resultados eleitorais anunciados pelo CNE.
Corina disse que a oposição tem mais de 40% das atas das eleições deste domingo (28) e que as mesmas apresentam que Edmundo recebeu 70% dos votos e Maduro apenas (30%).
O candidato González Urrutia declarou que “os venezuelanos e o mundo todo sabem o que aconteceu hoje”. Segundo o candidato “as normas foram violadas já que não foram entregues todas as atas”.
Minutos depois da CNE informar o resultado final das urnas, Nicolás Maduro pediu respeito à Constituição.
Maduro afirmou ainda que já havia recebido ligações de líderes da Nicarágua, Cuba e Bolívia para felicitar os resultados.