A Polícia Civil do Paraná apresentou o funcionamento das Centrais Regionais de Flagrantes para as polícias civis do Amazonas e do Distrito Federal, em reuniões realizadas em Curitiba. Os visitantes puderam trocar informações sobre a dinâmica do sistema durante o procedimento de flagrante apresentado pelas forças de segurança e também visitar as unidades da PCPR para compreender o funcionamento.
A PCPR é uma referência nacional neste serviço. As 13 Centrais Regionais de Flagrantes foram implementadas em 2023 a fim de padronizar a metodologia de atendimento e os procedimentos feitos pela polícia judiciária. O sistema funciona 24 horas e é operado por autoridades policiais plantonistas e seus agentes, designados a partir de escalas. A dinâmica utiliza videoconferência para atendimento de casos flagranciais apresentados no plantão pela Polícia Militar ou guardas municipais, como brigas, roubos e tráfico de drogas.
O objetivo deste sistema é otimizar o uso do efetivo policial, diminuir o tempo de resposta e aprimorar a entrega dos trabalhos de polícia judiciária com o uso da tecnologia, que antes eram trabalhados de maneira isolada nas delegacias dos municípios.
De acordo com o delegado-geral, Silvio Jacob Rockembach, as visitas serviram para apresentar as boas práticas e métodos utilizados pela PCPR. “Mostramos as estratégias adotadas para melhorar o atendimento, dar mais agilidade às investigações, um sistema que tem dado certo”, explicou. “É importante essa troca de informação, para que as outras polícias possam levar o que temos de bom, mas também para aprendermos com as experiências e, no final, quem ganha é a população, que recebe um serviço cada vez melhor”.
O delegado-geral do Amazonas, Bruno Fraga, disse que a troca de conhecimento serviu para observarem o trabalho das centrais. “Fizemos uma visita técnica para ver de perto o trabalho das centrais que é desenvolvido aqui, como a metodologia trouxe resultados para a população do Paraná”, afirmou. “Isso permite que a Polícia Civil faça um trabalho investigativo ainda melhor, ainda mais eficiente. Tenho certeza que todo o trabalho do Paraná vai ser levado como referência”.
Para a delegada da Corregedoria da Polícia Civil do Distrito Federal, Débora de Albuquerque Couto, a integração entre as polícias estaduais é muito importante. “O intercâmbio de conhecimento é muito importante para termos novas ideias, aprendermos com outras polícias”, disse.
SEM INTERRUPÇÃO – O sistema adotado nas Centrais Regionais de Flagrantes permite que o atendimento aconteça sem interrupção dos demais trabalho, principalmente o de investigação. Antes, um escrivão ou investigador interrompia o trabalho diário para receber o novo flagrante. Agora, isso só ocorre se esses profissionais forem plantonistas da central. Dessa maneira, os demais servidores envolvidos em outros inquéritos não precisam se dividir entre a continuidade das diligências e a abertura do novo inquérito.
Os novos procedimentos são frutos de dois anos de planejamento e mapeamento do trabalho da PCPR no Paraná e trazem uma série de vantagens: divide de forma equânime o serviço entre os policiais, restringindo a necessidade de quadro ocioso de servidores plantonistas espalhados por todo o Estado; padroniza o atendimento ao público e demais forças de segurança; e proporciona mais tempo aos delegados, escrivães e investigadores para se debruçarem sobre as atividades de investigação policial, em especial dos casos mais complexos.
(AEN)