Um projeto que vem sendo desenvolvido há algum tempo na cidade de Califórnia, realizará o seu próximo encontro nesta terça-feira (13).
A Roda de Conversa que tem o propósito de acolher e ouvir os pais de crianças com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), contará com a participação de Vanirce Bovo, Especialista em Deficiência Intelectual, Pós graduada em Psicopedagogia e Análise de Comportamento Aplicada (ABA).
A reunião é mediada pela Psicopedagoga Priscila Vasques que, também é a idealizadora desse projeto na cidade.
Segundo a Priscila, o propósito é “ser o ombro amigo e o apoio emocional para os pais de filhos autistas”.
O evento ocorrerá nesta terça (13) a partir das 19 horas na Câmara Municipal de Califórnia.
O QUE É O TEA ?
Segundo o Ministério da Saúde o TEA é um distúrbio caracterizado pela alteração das funções do neurodesenvolvimento, que podem englobar alterações qualitativas e quantitativas da comunicação, seja na linguagem verbal ou não verbal, na interação social e do comportamento, como: ações repetitivas, hiperfoco para objetos específicos e restrição de interesses. Dentro do espectro são identificados graus que podem ser leves e com total independência, apresentando discretas dificuldades de adaptação, até níveis de total dependência para atividades cotidianas ao longo de toda a vida.
COMO O TEA É DIAGNOSTICADO?
A suspeita inicial do Transtorno do Espectro Autista é feita normalmente ainda na infância, por meio da Atenção Primária à Saúde (APS), durante as consultas para o acompanhamento do desenvolvimento infantil. Por ser essencialmente clínico, a identificação de traços do espectro autista é realizada a partir das observações da criança, entrevistas com os pais e aplicação de métodos de monitoramento do desenvolvimento infantil, durante as consultas de avaliação do crescimento da criança, que acontecem em qualquer unidade da APS.
A antecipação da suspeita diagnóstica permite que a APS inicie prontamente a estimulação precoce e encaminhe a criança oportunamente para fechamento de diagnóstico na Atenção Especializada.
Uma das ferramentas usadas para análise durante as consultas é a Caderneta de Saúde da Criança, que traz orientações sobre os marcos do desenvolvimento esperados para cada idade. A 3ª edição da caderneta, lançada em janeiro deste ano, passou a incorporar um instrumento de rastreio para TEA, que deve ser aplicado a partir dos 16 meses: a escala M-CHAT-R. Com ela, é possível identificar sinais para TEA, como o baixo interesse por outras pessoas ou o hiperfoco.
O TEA não tem cura, mas o diagnóstico precoce permite o desenvolvimento de práticas para estimular a independência e a promoção de qualidade de vida e acessibilidade para essas crianças.