O impasse vivido por venezuelanos que moram no Paraná tem sido um misto de angústia e preocupação.
Os migrantes do país vizinho, que residem no Estado, acompanham todo o impasse vivido pelo seu país e somam as preocupações com as suas famílias que continuam vivendo na Venezuela.
De acordo com a Procuradoria Geral da Venezuela e ONG´s que atuam no país, pelo menos 12 pessoas morreram nos protestos contra Nicolás Maduro, que anunciou vitória nas eleições.
Aqui no Paraná, durante o dia das eleições, em diversas cidades houveram manifestações desses migrantes. Na capital, Curitiba, cerca de 1.500 pessoas se reuniram para uma manifestação e fizeram uma caminhada. Outras 50 fizeram protestos na cidade de fronteira, Foz do Iguaçu, PR.
Hoje, o Paraná é um dos estados brasileiros que mais recebeu venezuelanos oriundos daquele país, entre abril de 2018 e janeiro de 2024. Os dados são do Subcomitê Federal para Acolhimento e Interiorização de Imigrantes em Situação de Vulnerabilidade.
Com o agravamento da crise humanitária vivida naquele país, cerca de 125 mil Venezuelanos buscaram refúgio no Brasil. Desse total, 7.816 estão em Curitiba, PR, que é considerada a cidade com o maior número de migrantes oriundos daquele país.
Segundo os especialistas, esses são os números oficiais, porém, a expectativa é que exista ainda mais migrantes, pois os dados podem estar subnotificados.
De acordo com a Convenção de Genebra, refugidos são pessoas que são forçadas a migrar em função de situações adversas, ameaças, perseguições ou conflitos armados em seus países. Ainda, de acordo com a Convenção, essas pessoas acabam sendo obrigadas a buscar segurança em outros territórios, cruzando as fronteiras internacionais.
Essa gente continua vivendo o impasse e a angústia de uma definição em suas terras e esperando que haja mudanças na Venezuela, tendo em vista que o mundo tem reprovado as atitudes de Nicolás Maduro, considerado um ditador e que está no controle do país desde março de 2013.
(Com informações do G1)